Ir direto para menu de acessibilidade.

GTranslate

Portuguese English Spanish

Opções de acessibilidade

Página inicial > Exclusivo > 2020 > 154 - abril e maio > Exclusivo Online > Sabor, higiene e segurança
Início do conteúdo da página

Sabor, higiene e segurança

Publicado: Quinta, 23 de Abril de 2020, 19h40 | Última atualização em Segunda, 27 de Abril de 2020, 21h34 | Acessos: 4437

Pesquisa indica como feiras e quiosques podem garantir a saúde do consumidor

imagem sem descrição.

Da redação Foto Alexandre de Moraes 

Feiras e quiosques que vendem lanches são comuns nas grandes cidades. Eles movimentam a economia local e facilitam a vida de quem vive na correria. Quem nunca parou para comer um “churrasquinho de gato” ou comprou frutas, verduras e farinha na feira? No entanto poucas vezes paramos para pensar na higiene desses produtos de rua e nos perigos que eles podem oferecer.

O Projeto de Pesquisa Venda e consumo de alimentos em ruas e feiras de Belém e cidades do Pará, coordenado pelos professores Réia Sílvia Lemos e Francisco Nascimento, da Faculdade de Nutrição da UFPA, levantou as condições de produção, comercialização e consumo de alimentos em feiras e em ruas de Belém. “Como nutricionistas, nós temos a preocupação em saber o que o consumidor está adquirindo nesses locais e se o alimento tem condições higiênico-sanitárias adequadas”, justifica Réia Sílvia Lemos.

A pesquisa foi realizada com a aplicação de formulário tipo checklist, elaborado de acordo com as normas sanitárias vigentes e preenchido com base na observação da estrutura dos locais de venda e dos manipuladores/vendedores de alimentos. “Também procuramos saber se eles fizeram algum curso de capacitação para manipulação higiênica de alimentos”, explica Lívia Machado, uma das alunas participantes do projeto.

“Nós observamos que, em locais mais centrais e turísticos, os manipuladores foram mais acessíveis. Já nas feiras de periferia, notamos certo receio em participar da pesquisa. Precisamos nos identificar, assegurando que não se tratava de nenhum tipo de fiscalização”, revela o aluno Arthur Rezende.

“A Segurança Alimentar envolve vários fatores, entre os quais: a manipulação higiênica do alimento, a capacitação adequada para sua manipulação e a realização de exames de saúde. Essas informações nos ajudam a elaborar os cursos de capacitação ofertados pelo projeto”, explica Arthur.

Fiscalização é maior em pontos turísticos e em áreas centrais da cidade

Em Belém, há uma maior fiscalização e preocupação por parte dos feirantes nos pontos mais visitados, marcando certa diferença entre as áreas centrais e as periféricas da cidade. “Percebemos que, no Ver-o-Peso, eles são mais cobrados, tanto por colegas quanto pelos órgãos de fiscalização”, compara Iane Barata, também aluna do projeto.

Os problemas encontrados são diversos e igualmente prejudiciais ao cliente: desde bactérias patogênicas, um dos problemas mais frequentes; presença de animais nas proximidades dos pontos de venda; até a contaminação por resíduos de materiais de limpeza.

“Existem dois momentos de pesquisa nas feiras e ruas: no primeiro, observamos o local de venda e, posteriormente, os manipuladores e consumidores”, explica a professora Réia Sílvia Lemos. Este segundo momento traça um perfil do manipulador e revela os motivos pelos quais o consumidor se alimenta na rua, como avalia a higiene desses locais e se já adoeceu em virtude desse hábito.

Um dos desdobramentos do projeto de pesquisa é a capacitação desses profissionais. Ministrados pelos alunos de Nutrição, os cursos abordam aspectos de higiene pessoal e do ambiente, manipulação e proteção do alimento, ou seja, aspectos que englobam a saúde do consumidor, o alimento e sua comercialização.

Além de possibilitar que o alimento chegue inócuo ao cliente, diminuindo os riscos de doenças, o que se pretende é contribuir com a implementação de políticas públicas. Esses locais deveriam contar com água corrente para a limpeza dos utensílios, higiene e preparo dos alimentos e com uma coleta de lixo mais adequada. “O que nos cabe é identificar falhas existentes e contribuir com o processo de capacitação”, avalia a professora Réia Lemos.

Ed.154 - Abril e Maio de 2020

Adicionar comentário

Todos os comentários estão sujeitos à aprovação prévia


Código de segurança
Atualizar

Fim do conteúdo da página