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Já é possível aprender brincando

Publicado: Segunda, 27 de Maio de 2019, 14h23 | Última atualização em Sexta, 28 de Junho de 2019, 17h08 | Acessos: 2957

Laboratório cria materiais didáticos para o ensino da Matemática

imagem sem descrição.

Da redação Foto Alexandre de Moraes

Nos anos iniciais de escolarização, as atividades práticas e didáticas devem se apresentar com metodologias que possibilitem a maior interação dos alunos com os conteúdos, tornando significativa a aprendizagem em Linguagens, Matemática e Ciências.

Atividades teórico/práticas podem ser realizadas com a utilização de problemas interdisciplinares, materiais didáticos, como jogos e kits de experimentos, que possibilitem a participação mais ativa dos alunos, aumentando o seu envolvimento com as disciplinas e despertando o interesse para a construção do conhecimento.

Nesse contexto, o Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI/UFPA), por meio do Curso de Licenciatura Integrada em Educação em Ciências, Matemática e Linguagens (LIECML), desenvolveu o Projeto Produção e Avaliação de Materiais Didático-Pedagógicos para o Ensino de Ciências, Matemática e Linguagens nos anos iniciais do ensino fundamental.

Coordenado pelo professor José Messildo Viana Nunes, o projeto promoveu a implantação do Laboratório de Produção de Materiais Didáticos (LAPMAD), pensado como um espaço interdisciplinar de produção, utilização, avaliação e investigação de materiais didático-pedagógicos voltados para os processos de ensino e de aprendizagem nos anos iniciais de escolarização.

Além disso, o laboratório busca promover a integração universidade-escola, possibilitando intervenções didáticas na comunidade, a realização de atividades de pesquisa, a interação entre professores, estudantes de graduação e pós-graduação nas escolas de educação básica.

Uma maneira interativa de aprender conceitos fundamentais

Os bolsistas integrantes do projeto utilizam a didática no ensino da Matemática por meio de jogos e materiais alternativos, uns com existência milenar, como o ábaco, e outros produzidos no laboratório. Um deles é o Jogo de Base 5, proposto pelo aluno Gaudêncio Costa Júnior.

Neste jogo, a ideia foi introduzir o conceito de bases numéricas, por meio da base cinco, aos alunos do terceiro ano de uma escola municipal localizada no bairro Cremação, em Belém. “Percebemos que não é dada a devida importância ao ensino das bases numéricas ao constatar que muitos alunos não sabiam do que se tratava. As bases numéricas são fáceis de ser trabalhadas e compreendidas, até mesmo nos anos iniciais de formação. Com isso, criamos esse jogo, com o propósito de fazer os alunos entenderem como funciona o sistema, mesmo sem saber conceitos matemáticos mais elaborados e estabelecidos”, explica Gaudêncio.

Ao entender como funcionam as bases, os alunos conseguem ter maior poder de criação na hora de resolver os problemas, escolhendo qual caminho preferem seguir, não só aquele pré-determinado e decorado.

Outro material adaptado para o ensino de noções geométricas no laboratório foram os Bastidores de Costura, proposto pela aluna Amanda Rocha. Os Bastidores foram inspirados nos Geoplanos e buscam introduzir os conceitos de simetria e desenvolver noções geométricas para os alunos.

“Na simetria, existem três tipos de transformações: a rotação, a translação e a reflexão, que podem ser exploradas pelo material. Além disso, com os Bastidores, introduzimos as noções das formas geométricas e os eixos de simetria que elas possuem. A partir disso, estimulamos os alunos a observarem os objetos do seu dia a dia e a analisarem se eles possuíam simetria, quais os tipos, se possuíam duas metades idênticas, entre outros conceitos, porque é isto que a simetria busca: a observação do espaço, da natureza”, destaca Amanda.

Histórias em Quadrinhos possibilitam prática interdisciplinar

Além dos jogos criados, o projeto propõe a utilização de Histórias em Quadrinhos no aprendizado da Matemática. Com o roteiro escrito pelos alunos Alessandro Aguiar e Charles Luã e com a arte de Amanda Rocha, a história em quadrinhos cruza a vida de dois personagens: Vinícius e Cauã, um garoto urbano e outro indígena, mostrando diversas noções da Matemática, com o foco nos conceitos de bases numéricas.

“Além da abordagem da Matemática, o quadrinho possibilita uma prática interdisciplinar, uma vez que aborda as questões sociais e humanas. É um material bem rico que pode ser levado para a sala de aula e explorado de diversas maneiras”, ressalta Alessandro.

O professor José Messildo conta que as atividades realizadas em sala de aula obtiveram resultado muito positivo. De acordo com o relato de professores, foi possível constatar que os alunos tiveram um avanço na compreensão dos conteúdos. “Essas respostas validam o nosso trabalho, porque é isso que buscamos com essas práticas didáticas: provocar um envolvimento que facilite a compreensão das noções matemáticas”, afirma.

  Ed.149 - Junho e Julho de 2019

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Produção e Avaliação de Materiais Didático-Pedagógicos para o Ensino de Ciências, Matemática e Linguagens nos anos iniciais do ensino fundamental

Coordenação: José Messildo Viana Nunes

Projeto de Pesquisa, Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI/UFPA)

Comentários  

0 #2 Roberta Braga Fernan 02-08-2019 13:08
MUITO IMPORTANTE ESTA INICIATIVA PARABENS A TODOS OS ENVOLVIDOS E QUE VENHAM DISSEMINAS A TODOS OS ENVOLVIDOS NUM PANORAMA MAIOR ESTE APRENDIZADO .

PARABENS
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0 #1 Amanda Moura da Roch 23-07-2019 15:38
Foi uma experiência marcante e que contribuiu para nós, alunos de nível Superior, com o enriquecimento da nossa formação; aos alunos da Educação Básica, que os testaram conosco e aos professores das turmas que colaboraram ativamente, com as experiências que já possuíam.
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